A busca por pessoas que desejam fazer a transição para uma dieta vegetariana tem crescido nos últimos anos. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Inteligência de Pesquisa e Consultoria (IPEC), 46% dos brasileiros já deixam de comer carne pelo menos uma vez por semana.
É comum ver no dia a dia pessoas optando por uma dieta mais saudável, mas diminuindo o consumo de produtos de origem animal. Alguns termos são muito falados quando o assunto é vegetarianismo, como:
- Lactovegetarismos: são as pessoas que fazem uso de laticínios.
- Ovovegetarianismo: o grupo que consomem ovos.
- Ovolactovegetarianismo: aqueles que mantém o ovo e laticínios em sua dieta.
- Vegetarianismo restrito: não consomem nenhum produto de origem animal (esse grupo se aproxima do estilo de vida vegano, que não consomem nenhum tipo de produto ou alimento que tenha em seu processo algo de origem animal).
O que sempre gera dúvidas é se uma dieta baseada somente em insumos vegetais pode trazer benefícios à saúde. A resposta é sim, pode. Existem vários estudos que comprovam que uma alimentação vegetariana ajuda na redução de riscos de doenças, como a hipertensão arterial, diabetes e a dislipidemia (colesterol alto).
Então, como iniciar a transição para o vegetarianismo?
Comece priorizando alimentos naturais e deixe de lado os industrializados e ultra processados. Quando se planeja a transição para dieta vegetariana ou vegana, é imprescindível observar a origem de cada item que será adicionado na rotina de alimentação.

A Sociedade Vegetariana Brasil (SVB), aponta que pessoas que seguem uma dieta baseada em produtos vegetais tem uma maior ingestão de vitaminas e minerais em relação a quem consome carne, por exemplo.
Ressalto sobre a importância de iniciar a transição com acompanhamento médico, pois da mesma forma que uma alimentação pode trazer benefícios, quando feita incorretamente pode afetar a saúde.
Substituindo a carne
Existem vários vegetais que podem substituir a carne (dependendo da proporção indicada) e proporcionar uma ingestão de nutrientes suficientes para manutenção da saúde, como:
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Tofu: feito a partir da bebida de soja coalhada, é um alimento em formato de bloco, que proporciona até 10g de proteína e 5g de gordura.
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Ervilha: da família das leguminosas é um insumo muito recomendado para quem não come carne. Possui proteína, é rica em fibras, minerais e vitaminas, além do baixo teor de gordura.
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Grão-de-bico: com cerca de 9g de proteínas, é excelente no combate do colesterol ruim (LDL), ajuda na redução da pressão arterial e reduz riscos de doenças do coração, além de derrames.
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Soja: o alimento mais conhecido como substituto da carne. Em uma porção de 100g, a soja fornece aproximadamente 34g de proteína.
Bebidas vegetais
Conhecidas como “Leite Vegetal”, essas bebidas já são muito consumidas por pessoas que possuem alergia ou intolerância a lactose e leite de vaca e, também, em dietas que restringem os derivados do leite animal.
Elas são divididas em quatro grupos principais, veja só:
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Foto: Mariamarmar / Canva Sementes: as mais comuns são produzidas a partir de alpiste, chia, semente de melão e girassol. Possuem boa quantidade de carboidratos e fibras em uma porção de 200ml.
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Leguminosas: temos neste grupo o amendoim, a soja e o tremoço. Possuem menos fibras em comparação às sementes, entretanto tem maior teor de gordura e de proteína.
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Cereais: aveia, arroz e milho são os mais comuns. São mais adocicados e, se comparados ao leite de vaca, têm menos proteína, carboidrato e gordura, mas são excelente em fibras.
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Frutos secos: aqui encontramos os mais conhecidos, como amêndoas, castanhas, coco e macadâmia. As bebidas desse grupo são mais gordurosas e dão mais saciedade.
O processo de transição pode ser complicado para algumas pessoas, mas com acompanhamento médico é possível conquistar novos hábitos sem prejuízos à saúde. Se você chegou até aqui e tem interesse em fazer a troca de dieta, entre em contato para conversarmos sobre o seu objetivo.